O
direito de escolha é algo extremamente importante para Deus.
A questão da opção
é tão importante para Deus, que fomos equipados com duas características para
estarmos preparados para lidarmos com a tomada de decisões. Ninguém pode
tomar decisões se não estiver preparado para isso, por isso fomos criados
inteligentes e livres.
Inteligência e liberdade são dois atributos essenciais para
os humanos.
Como não se nasce
cristão, tornamo-nos cristãos, mas, para tal, precisamos de ferramentas.
Aceitar a
salvação, aceitar a obra salvítica de Jesus é muito mais que a manifestação de
uma emoção proporcionada por algum orador motivacional integrado num ambiente
dito cristão.
A decisão tem de
ser ponderada e crescer ao longo do tempo.
Se a fé é a capacidade de olhar para o futuro como se fosse
presente, a inteligência é a faculdade de compreender a capacidade conceptual e
a racionalização do presente com a abrangência do que será o futuro.
A teoria das
inteligências múltiplas veio desmistificar os tradicionais conceitos de
inteligência baseados na palavra e na lógica matemática.
Fomos equipados
com uma série de capacidades que no seu conjunto se pode chamar de
inteligência, não significando que todos serão hábeis matemáticos ou
habilidosos músicos ou extremosos cuidadores ou excelentes oradores, mas a
diversidade múltipla de capacidades levam a uma variação de inteligências
consoante a composição das várias dimensões do individuo.
O que Deus nos deu
em comum, é que cada um terá no mínimo capacidade de analisar e tomar as decisões
que irão influenciar a vida. Nenhuma decisão é inocente e todas têm
consequências.
A(s)
inteligência(s) é a ferramenta com a qual seremos confrontados na altura da
tomada de decisões.
Ninguém poderá
argumentar com o ter sido enganado ou qualquer outra desculpa. No
Éden, Adão desculpou-se com Eva e Eva com a cobra. Adão e Eva quiseram
inocentar-se por via da inocência em virtude de terem sido enganados. Não há desculpa para quem foi equipado com inteligência
decisória para analisar, pensar e decidir, pode haver, se houver arrependimento. Deus não criou seguidistas.
Seguidista é aquele género de pessoa que segue ou apoia ideias ou teorias ou
alguma autoridade sem questionar ou fazer qualquer juízo crítico. É aquele
género de pessoas que quando as coisas correm mal, a culpa é dos outros e que
nada têm a ver com o assunto. Os inocentes por interesse estão a declarar-se
fora da criação inteligente e com capacidade de decisão.
A inteligência
decisória serve para a tomada de decisões conscientes e com conhecimento do que
se faz.
A responsabilidade é companheira da inteligência decisória, porque sem inteligência não há possibilidade de escolher
e ninguém ficará com Deus se não tomar a decisão de aceitar a reconciliação
através de Jesus Cristo e se não for consciente do ato.
Os religiosos
manipulam as emoções utilizando fé como seguidismo. Fé, nada tem de
seguidismo assim como, emoções manipuladas pelos religiosos nada têm de fé.
Religião e
estupidez são sinónimos e os religiosos não gostam de ser analisados e muito
menos confrontados com o que está escrito, o que não corresponde àquilo que
Deus quer. Na Bíblia no livro de Atos, capítulo 17 versículos 11 e 12 diz que
os de Bereia foram mais nobres porque analisaram o que lhes diziam com o que
estava escrito e que muitos creram pois o falado correspondia com o escrito.
Ser cristão não
deve ser sinónimo de apagamento intelectual e de juízo crítico, mas também não
é sinónimo de superioridade analítica nem de conflitos.
Se a inteligência decisória é parte integrante do plano de
Deus para a salvação, todas as outras capacidades cognitivas devem ser usadas
para a busca e compreensão conceptual da fé em sistema de respeito pela
diferença.
No que respeita à
fé, a inteligência é uma ferramenta interna, sendo a liberdade a ferramenta
externa.
O ser humano foi
criado num ambiente de liberdade, equipado com inteligência e com capacidades
criativas.
Uma velha máxima
diz que a nossa liberdade acaba quando começa a liberdade dos outros, ou seja,
é o direito de se agir consoante nos pareça bem, mas também respeitar o mesmo
direito aos outros independentemente da fé ou de opções espirituais .
As manipulações,
as pressões sejam emocionais, físicas, sociais ou outras levam à distorção da
realidade e da tomada de decisão, que, se for sem liberdade, sem consciência da
verdade, sem altruísmo, sem generosidade, sem piedade e sem compaixão são
decisões forçadas, externas, sem paixão, hipócritas e opressoras.
Liberdade é a
capacidade de se poder determinar individualmente, em plena consciência e após
reflexão.
Há vários
conceitos associados à dicotomia inteligência e liberdade, tais como o livre
arbítrio, a igualdade, a nobreza e a humildade. Estes conceitos fazem parte da
liberdade atribuída ao ser humano para a uma escolha consciente.
A escolha final
será o fecho do acumular de muitas experiências, com muitas escolhas, com
muitas emoções e contradições à mistura, mas há situações em que se tem de
parar e separar as águas e é aí que a inteligência decisória, que todos têm,
terá o seu papel principal, que poderá ser a continuação ou a mudança.
Mudar ou continuar
na mesma,
mordomos ou
proprietários,
livres ou
escravos,
fé ou vista,
eu livre ou eu
dependente,
aceitar ou não
aceitar,
fazer parte do
universo ou ser mais um sem identidade,
ir pelo caminho da
glória de Deus, que é Jesus, ou ficar resumido à auto insignificância.
Nas tuas mãos e na
tua capacidade decisória está o teu destino.
Conscientemente,
todos e cada um por si, decidiremos o destino.
Na devida altura
será efetuada a sementeira, e à sementeira efetuada corresponderá a respetiva
colheita.
Alexandre Reis
Para algum esclarecimento contactar através do mail: blog.terradosreis@gmail.com
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